sábado, 10 de dezembro de 2016

História Contemporânea I - Guia de Estudos para AV3



Tópicos: 

Revolução Industrial
Pioneirismo Inglês no Processo de Revolução Industrial
Formação do Proletariado e Transformações nas Relações de Trabalho (século XIX)
Movimentos Políticos e Sociais do Século XIX
Primavera dos Povos
Cartismo
Unificação Alemã
Socialismo Científico de Marx

Resumo:

Revolução Industrial

Quando falamos de Revolução Industrial nos referimos a um conjunto de transformações desencadeadas a partir da consolidação da burguesia como classe política e econômica dominante. Desse modo, tomamos a experiência inglesa como o marco inicial, haja visto que sua primazia se justificava por um conjunto de fatores, tais como: As revoluções burguesas, o cercamento dos campos comunais, infraestrutura, disponibilidade de capitais, práticas comerciais consolidadas e consequentemente um sólido mercado consumidor interno e externo. Em resumo, a Revolução Industrial possibilita que o capitalismo torna-e hegemônico na produção social, ou seja, há uma separação entre produto e produtor, significados de modos distintos e inseridos em lugares próprios nas relações sociais. É a estruturação da diferença de classes e do fetichismo da mercadoria.

O Contexto do Século XIX

O século XIX inaugurava um conjunto abrangente de transformações que não se reduzem apenas (apesar de intimante ligado) às inovações advindas da Revolução Industrial. De fato, ao observamos o período de modo processual, vamos notar fenômenos como a consolidação de uma nova modelagem de Estado, baseado no conceito de soberania. Era a aurora da "modernidade". Assim, temos fenômenos associados como o nacionalismo, pano de fundo das unificações tardias como as da Alemanha e da Itália. No caso da Alemanha, esse processo se inicia a partir da articulação econômica, onde a união alfandegária conhecida como "zollverein", que possibilitou a constituição de um grande mercado e o aquecimento da atividade industrial. No período, a classe trabalhadora ainda encontrava-se no embrião de sua formação. Assim, levantes como os de 1848, conhecidos como "Primavera dos Povos", melhor caracteriza esse período, pois na busca por uma repactuação social frente ao estado de crise econômica e institucional, encontramos os valores liberais como pano de fundo.

Formação da Classe Proletária

Assim, o século XIX traria à luz organizações as mais diversas. Na Inglaterra podemos citar três experiências importantes, o ludismo, o cartismo e a formação das trade unions. O ludismo como um conjunto heterogêneo e não articulado de ações de resistência e sabotagem contra os abusos e exploração dos proprietários dos meios de produção. O cartismo, movimento que ficou assim conhecido em virtude do documento "Carta do Povo" de Lovett , Place e outros, na qual cobrava-se tanto melhorias nas relações de produção e trabalho quanto a conquista de direitos políticos, como o sufrágio universal. Por último, as trade unions que estabeleceram as relações diretas de regulação das relações de trabalho e produção por meio da pactuação entre empregadores e empregados, originando o que posteriormente ficaria conhecido como "sindicalismo de resultados". Além desse aspecto, é o embrião da ideia de seguridade por segmento profissional.

Doutrinas e Associações

Nesse período de consolidação do capitalismo e das relações liberais, não faltaram as perspectivas críticas a esse processo. Elas vieram tanto dos chamados "socialistas utópicos", que desejavam o aperfeiçoamento do sistema quanto do socialismo científico de Marx e Engels. Nesse segundo, em especial, a pactuação social é refutada pois entende-se que a dialética da luta de classes findaria pela vitória do proletariado sobre a classe burguesa. Marx e Engels explicaram o como o sistema liberal se constituíra e de que maneira as relações de exploração se estruturavam. Iam além. Explicavam os mecanismos de produção dos preços, do lucro e da segmentação social. Nessa perspectiva, o Estado precisava ser progressivamente extinto, tendo em vista ter sido dominado e tornado locus de defesa dos interesses burgueses. Além de agremiações socialistas, mutualistas e dos primeiros sindicatos, temos uma experiência marcante no século XIX. 

Indicações de Leitura (Biblioteca Virtual da Estácio - SIA):

MARQUES. Adhemar. BERUTTI. Flavio. FARIA. Ricardo. História Contemporânea  Através de Textos. São Paulo. Editora Contexto. 2012.

BURK. Peter. PALLARES-BURKE. Maria Lucia Garcia. Os Ingleses. São Paulo. Editora Contexto. 2016.

WEBER. Max. A Gênese do Capitalismo Moderno. São Paulo. Editora Ática. 2006;

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