quarta-feira, 28 de dezembro de 2016 0 comentários

Dica de Leitura nas Férias! O que temos na Biblioteca Virtual do SIA para Você!!!




Quem tiver dúvida com acessar a Biblioteca Virtual da Estácio no SIA, confira o tutorial abaixo:



BENTIVOGLIO. Julio.  LOPES Marcos Antônio. A Constituição da História como Ciência. De Ranke a Braudel. Petrópolis. Editora Vozes. 2013.

BITTENCOURT. Circe. Dicionário de Datas da História do Brasil. São Paulo. Editora Contexto. 2007.

BURKE. Peter. PALLARES-BURKE. Maria Lucia Garcia. Os Ingleses. São Paulo. Editora Contexto. 2016.

FARIA. Ricardo de Moura.  MIRANDA. Monica Liz.  Da Guerra Fria à Nova Ordem Mundial. São Paulo. Editora Contexto.  2016.

FEITOSA. Samara. Da Revolução Francesa Até os Nossos Dias. Um Olhar Histórico. Curitiba. Editora Intersaberes. 2016-11-02

FERREIRA. Ana Paula Lopes.  MERCHER. Leonardo.  História Política Comparada da América Latina. Curitiba. Editora Intersaberes. 2015

FLORENCIO. Sergio. Os Mexicanos. São Paulo. Editora Contexto. 2014.

FUNARI. Pedro Paulo.  Grécia e Roma. Vida Pública e Vida Privada, Cultura, Pensamento e Mitologia, Amor e Sexualidade. São Paulo. Editora Contexto. 2011

GOMES. Mércio Pereira.  Os Índios e o Brasil. Passado, Presente e Futuro. São Paulo. Editora Contexto. 2012

GRESPAN. Jorge. Revolução Francesa e Iluminismo.  São Paulo. Editora Contexto. 2014.

GUARINELLO. Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo. Editora Contexto. 2013.
História

JENKINS. Keith. A História Refigurada. Novas Reflexões Sobre uma Antiga Disciplina. São Paulo. Editora Contexto. 2014.

JOÃO. Maria Thereza David. Tópicos de História Antiga Oriental. Curitiba. Editora Intersaberes. 2013.

LEWIS. David Levering. Os Islã e a Formação da Europa. De 570 a 1215. Barueri. Amarilys. 2010.

MACEDO. José Rivair. História da África. São Paulo. Editora Contexto. 2013

MAGNOLI. Demétrio. Uma Gota de Sangue. História do Pensamento Racial. São Paulo. Editora Contexto. 2009.

MARQUES. Adhemar. BERUTTI. Flavio. FARIA. Ricardo. História Contemporânea  Através de Textos. São Paulo. Editora Contexto. 2012.

MARQUES. Adhemar. BERUTTI. Flávio. FARIA. Ricardo. História Moderna Através de Textos.  São Paulo. Editora Contexto. 2014.

MARTINS. Ana Luiza. História do Café. São Paulo Editora Contexto. 2008.

MARTINS. Estevão de Reszende. A História Pensada. Teoria e Método na Historiografia Européia do Século XIX. São Paulo. Editora Contexto. 2010.

MATTOS. Regiane Augusto de.  História e Cultura Afro-Brasileira. São Paulo. Editora Contexto. 2007.

MEIHY. José Carlos Sebe B. HOLANDA. Fabíola. História Oral. Como Fazer. Como Pensar. São Paulo. Editora Contexto. 2007.

MELO. Elisabete. BRAGA. Luciano. História da África e Afro-brasileira. São Paulo. Selo Negro. 2010.

MENEZES. Alfredo da Mota. A Guerra é Nossa. A Inglaterra Não Provocou a Guerra do Paraguai. São Paulo Editora Contexto. 2012.

MESGRAVIS. Laima. História do Brasil Colônia. São Paulo. Editora Contexto. 2015.

MICELI. Paulo. História Moderna. São Paulo. Editora Contexto. 2013.

MORAIS. Marcos Vinicius de. Hernan Cortez. Civilizador ou Genocida? São Paulo Editora Contexto. 2011.

MOREIRA. Cláudia Regina Baukat Silveira.  MEUCCI. Simone. História do Brasil. Sociedade e Cultura. Curitiba. Editora Intersaberes. 2012.

PINSKY. Carla Bassanezi (et al). Fontes Históricas. São Paulo. Editora Contexto. 2005.

PINSKY. Carla Bassanezi. (et al). O Historiador e Suas Fontes. São Paulo. Editora Contexto. 2009

PINSKY. Jaime. 100 Textos de História Antiga. São Paulo. Editora Contexto. 2012.

PINSKY. Jaime. A Escravidão no Brasil. São Paulo. Editora Contexto. 2010.

PRADO. Maria Ligia. PELLEGRINO. Gabriela. História da América Latina. São Paulo. Editora Contexto. 2014.

RAMOS. Fabio Pestana.  MORAIS. Marcos Vinicius de. Eles Formaram o Brasil. São Paulo. Editora Contexto. 2010.

RAMOS. Fábio Pestana. Por Mares Nunca Dantes Navegados. A Aventura dos Descobrimentos. São Paulo. Editora Contexto. 2008.

SANTIAGO. Theo (et ali).  Do Feudalismo ao Capitalismo. Uma Discussão Histórica. São Paulo. Editora Contexto. 2015.

TOTA. Antônio Pedro. Os Americanos. Sâo Paulo. Editora Contexto. 2009.

VERNET, Juan. As origens do Islã. São Paulo: Globo, 2004.

VISENTINI. Paulo Fagundes (et al). História da África e dos Africanos. Petrópolis. Editora Vozes. 2014.

WEBER. Max. A Gênese do Capitalismo Moderno. São Paulo. Editora Ática. 2006;

WEFFORT. Francisco. Formação do Pensamento Político Brasileiro. Ideias e Personagens. São Paulo. Editora Ática. 2006



sábado, 10 de dezembro de 2016 0 comentários

História Contemporânea I - Guia de Estudos para AV3



Tópicos: 

Revolução Industrial
Pioneirismo Inglês no Processo de Revolução Industrial
Formação do Proletariado e Transformações nas Relações de Trabalho (século XIX)
Movimentos Políticos e Sociais do Século XIX
Primavera dos Povos
Cartismo
Unificação Alemã
Socialismo Científico de Marx

Resumo:

Revolução Industrial

Quando falamos de Revolução Industrial nos referimos a um conjunto de transformações desencadeadas a partir da consolidação da burguesia como classe política e econômica dominante. Desse modo, tomamos a experiência inglesa como o marco inicial, haja visto que sua primazia se justificava por um conjunto de fatores, tais como: As revoluções burguesas, o cercamento dos campos comunais, infraestrutura, disponibilidade de capitais, práticas comerciais consolidadas e consequentemente um sólido mercado consumidor interno e externo. Em resumo, a Revolução Industrial possibilita que o capitalismo torna-e hegemônico na produção social, ou seja, há uma separação entre produto e produtor, significados de modos distintos e inseridos em lugares próprios nas relações sociais. É a estruturação da diferença de classes e do fetichismo da mercadoria.

O Contexto do Século XIX

O século XIX inaugurava um conjunto abrangente de transformações que não se reduzem apenas (apesar de intimante ligado) às inovações advindas da Revolução Industrial. De fato, ao observamos o período de modo processual, vamos notar fenômenos como a consolidação de uma nova modelagem de Estado, baseado no conceito de soberania. Era a aurora da "modernidade". Assim, temos fenômenos associados como o nacionalismo, pano de fundo das unificações tardias como as da Alemanha e da Itália. No caso da Alemanha, esse processo se inicia a partir da articulação econômica, onde a união alfandegária conhecida como "zollverein", que possibilitou a constituição de um grande mercado e o aquecimento da atividade industrial. No período, a classe trabalhadora ainda encontrava-se no embrião de sua formação. Assim, levantes como os de 1848, conhecidos como "Primavera dos Povos", melhor caracteriza esse período, pois na busca por uma repactuação social frente ao estado de crise econômica e institucional, encontramos os valores liberais como pano de fundo.

Formação da Classe Proletária

Assim, o século XIX traria à luz organizações as mais diversas. Na Inglaterra podemos citar três experiências importantes, o ludismo, o cartismo e a formação das trade unions. O ludismo como um conjunto heterogêneo e não articulado de ações de resistência e sabotagem contra os abusos e exploração dos proprietários dos meios de produção. O cartismo, movimento que ficou assim conhecido em virtude do documento "Carta do Povo" de Lovett , Place e outros, na qual cobrava-se tanto melhorias nas relações de produção e trabalho quanto a conquista de direitos políticos, como o sufrágio universal. Por último, as trade unions que estabeleceram as relações diretas de regulação das relações de trabalho e produção por meio da pactuação entre empregadores e empregados, originando o que posteriormente ficaria conhecido como "sindicalismo de resultados". Além desse aspecto, é o embrião da ideia de seguridade por segmento profissional.

Doutrinas e Associações

Nesse período de consolidação do capitalismo e das relações liberais, não faltaram as perspectivas críticas a esse processo. Elas vieram tanto dos chamados "socialistas utópicos", que desejavam o aperfeiçoamento do sistema quanto do socialismo científico de Marx e Engels. Nesse segundo, em especial, a pactuação social é refutada pois entende-se que a dialética da luta de classes findaria pela vitória do proletariado sobre a classe burguesa. Marx e Engels explicaram o como o sistema liberal se constituíra e de que maneira as relações de exploração se estruturavam. Iam além. Explicavam os mecanismos de produção dos preços, do lucro e da segmentação social. Nessa perspectiva, o Estado precisava ser progressivamente extinto, tendo em vista ter sido dominado e tornado locus de defesa dos interesses burgueses. Além de agremiações socialistas, mutualistas e dos primeiros sindicatos, temos uma experiência marcante no século XIX. 

Indicações de Leitura (Biblioteca Virtual da Estácio - SIA):

MARQUES. Adhemar. BERUTTI. Flavio. FARIA. Ricardo. História Contemporânea  Através de Textos. São Paulo. Editora Contexto. 2012.

BURK. Peter. PALLARES-BURKE. Maria Lucia Garcia. Os Ingleses. São Paulo. Editora Contexto. 2016.

WEBER. Max. A Gênese do Capitalismo Moderno. São Paulo. Editora Ática. 2006;

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016 0 comentários

História da América I - Guia de Estudos para AV3 (12/12)



Tópicos:

Organização social, política, territorial, econômica e cultural dos astecas.
O descobrimento das Américas e suas consequências para europeus e indígenas
Organização do sistema colonial espanhol.
Sociedade colonial espanhola.

Indicações de Leitura:

Biblioteca Virtual da Estácio (SIA):

História Política Comparada da América Latina. Ana Paula Lopes Ferreira e Leonardo Mercher. Editora Intersaberes. 

História da América Através de Textos. Jaime Pinsky et All. Editora Contexto. 

História da América Latina. Maria Lígia Prado e Gabriela Pellegrino. Editora Contexto.

RAMOS. Fábio Pestana. Por Mares Nunca Dantes Navegados. A aventura dos descobrimentos. São Paulo. Contexto. 2008.

SILVA. Kalina Vanderlei. SILVA. Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos
Históricos. São Paulo. Contexto. 2010. 

Sites de Apoio:

http://www.uvanet.br/rhet/artigos_marco_2010/povo_astecas.pdf

Vídeos de Apoio:

Civilizações Pré-Colombianas:
https://youtu.be/-b9kT9h2fSY

Sistema Colonial:
https://youtu.be/8smpJiKxo2E

Colonização Espanhola:
https://youtu.be/ErnZ-2AR8iM


Resumo:

Civilização Asteca

Ao estudarmos a história indígena das Américas observamos ao longo das aulas os diferentes percursos civilizacionais que vão desde os povos originários, intermediários e a formação das chamadas Altas Culturas Pré-Colombianas. Dentre elas, destacamos aqui a cultura Asteca. De suas variadas características,  iniciamos com a contextualização de sua migração de Aztlán para a região central do México e a constituição inovadora de Tenochtitlán, com seu sistema de navegação interna, os mercados e a agricultura nas chinampas. Vimos o quanto essa constituição era estratégica para a defesa da cidade. Em um segundo momento caracterizamos a organização política dos astecas. Primeiro a qualificamos como uma confederação, cujos povos eram anexados por adesão voluntária, por guerra ou permaneciam como enclaves territoriais independentes. A figura do soberano asteca não é divinizada. Portanto, existe a possibilidade de substituição da casa real caso a mesma não corresponda a suas funções, mormente em caso de grandes calamidades. Cada cidade era regida por curacas nomeados pelo governante. O Calpulli é o cerne dessa organização e cada uma delas possui um sistema de tributação distinto. As únicas cidades que estão isentas são os distritos militares, responsáveis exclusivamente no fornecimento dos soldados para as guerras. Vimos como a sociedade era organizada e as diversas possibilidades de enquadramento social em funções que oscilam entre o campesinato, as artesanias, escribas e militares. Do mesmo modo analisamos o panteão asteca e a importância da religião na constituição do que se entendia por real e como eles operavam no mundo a partir desses referentes. Um exemplo típico dado e descrito foi a prática dos sacrifícios humanos. Também analisamos os códices astecas e vimos o quanto eram importantes sob o ponto de vista governamental, econômico e cultural, já que relatavam histórias, costumes, oráculos e dados quantitativos. Os códices podem ser divididos entre os produzidos antes e após a interferência do conquistador espanhol e sua leitura obedece a critérios de ordem específicos.


O Novo Mundo

Até o processo de expansão marítima que culminaria no encontro e exploração do território americano, o mundo conhecido estruturava-se em torno da Europa, Ásia e África. Com as Américas, um novo cenário geopolítico se desenha, onde não apenas o eixo de poder mas também os interesses de natureza econômica vão fazendo com que, progressivamente, as diferentes potências europeias se friccionem em torno de disputas territoriais. Isso sem falar no ressurgimento de toda a sorte de crenças, não apenas as que evocavam lendas como o "Eldorado" como também a da descoberta de um "novo Éden" onde se poderia recomeçar, construir um novo mundo. Nada tão velho... Assim, o colonialismo foi constituindo diferentes modelos de colonização, as quais podemos, a grosso modo, dividir em duas experiências, a de povoamento e a de exploração. As colônias de povoamento são assim denominadas por que, via de regra, tendem a reproduzir o estilo de vida e as práticas econômicas de determinada localidade na Metrópole. Desse modo, usam mão-de-obra livre, organizam-se em pequenas e médias propriedades, praticam comércio interno como base econômica principal, enquanto as de exploração baseiam-se em grandes propriedades, na mão-de-obra escrava, na produção localizada, ou seja, geralmente monocultoras; além da mineração e do extrativismo, e que projetam o mercado externo. E essa escolha é deliberada pelo colonizador. Tomemos o Brasil por exemplo. Seria possível colônias de povoamento aqui? Claro que sim! Entretanto, a opção pela exploração intensiva foia preferível, tornando a colônia um apêndice econômico da metrópole. O estabelecimento de novas colônias trouxe também consequências marcantes sobre os dois povos que passaram a ter contato, amistosos e em disputas, os espanhóis e os indígenas. Vejamos alguns exemplos.

O Contato entre Dois Mundos

No contato entre indígenas e ibéricos podemos analisar ao menos três aspectos. Do ponto de vista da cultura material os indígenas foram essenciais para a plena adaptação e sobrevivência imediata no desconhecido território. Os impactos não param por aí. Até mesmo hábitos alimentares na Europa foram alterados com a introdução de alimentos via comércio e trocas, como a batata, o chocolate, milho, tomate e um produto de rápida disseminação, o tabaco. Entretanto, para os indígenas, esse contato foi extremamente problemático. Trabalhos forçados, exploração intensa, violência, fome, introdução de doenças avassaladoras e desarticulação dos laços comunitários foram o saldo para o lado indígena. Aqui o fluxo migratório era cada vez mais intenso da Europa para a América (sem falar da importação de escravos africanos), o que não ocorria no sentido inverso. Os índios aqui ficavam para serem explorados. Um caso exemplar do processo de conquista nos é dado pela experiência da conquista asteca por Hernan Cortéz. A explicação mais coerente com relação a esse processo tem raízes no que Ruggiero Romano chama de "Mecanismos da Conquista Colonial". Primeiramente a "espada", onde temos os espanhóis e sua política de alianças com os povos indígenas que eram adversários. Assim, conseguiam vencer o desafio da inferioridade numérica e potencializar sua superioridade bélica. A "fome", pela desarticulação do seu modelo produtivo e a "cruz", com a morte simbólica pela destruição dos referentes culturais. 

A Colônia

A organização administrativa da América Espanhola temos como principal instituição burocrática o "Conselho das Índias". Ele está acima, inclusive, do cabildo colonial e demais instâncias, quer instaladas na Metrópole ou na Colônia. É o cerne, o coração da burocracia e da administração. A partir dele, outras instâncias se desdobram como os vice-reinados, governadorias, cabildos, cada de contratação, alcaidias, entre outras instâncias.  A sociedade colonial espanhola era majoritariamente formada por indígenas, algo diferente da experiência portuguesa, cuja importação de negros africanos fizera esse segmento se tornar maioria no Brasil, ao invés dos povos nativos. Entretanto, essa massa indígena ocupava o último estrato na pirâmide social colonial, ocupada primeiramente pelos Chapetones (espanhóis peninsulares), Criollos (espanhóis nascidos nas Américas), seguidos por brancos pobres, mestiços e indígenas. Essa organização social estabeleceu um processo de estigmatização e preconceito que ainda possui raízes na contemporaneidade.

domingo, 4 de dezembro de 2016 0 comentários

História da América I - Resumo Especial de AV2




Objetivamos compreender as experiências consideradas pela historiografia como as Altas Culturas Pré-Colombianas, numa perspectiva que reconhece tanto os valores quanto as contradições dessa mesma sociedade, desmistificando a visão do colonizador como portador da civilização. Num segundo momento analisamos em especial a sociedade maia, trabalhando com a localização e a influência dos fatores geográficos e as características de sua organização política, econômica, religiosa e cultural. Vimos a intensa relação entre as culturas maia e asteca, sobretudo pelo compartilhamento das heranças olmecas, bem como pelo compartilhamento de referentes e espaços comuns, como a cidade de Teotihuacan.

Observamos a estratificação da sociedade maia, centrada na figura do halac-unic, tendo nas camadas abaixo os sacerdotes. nobreza, guerreiros, artesãos até chegar aos simples camponeses e escravos. A ostentação dos adornos mostrava na prática essa estratificação. Os maias desenvolveram um complexo esquema de escrita glífica e dois calendários, um lunar e outro solar ambos com funções ritualísticas, marcando o final de um ciclo e o início de outro em seus encontros a cada 52 anos. A organização política assemelha-se mais a um conjunto de cidades-estados cuja ascendência de determinada cidade estabelecia uma relação de domínio e subordinação.

Os mais ocupavam um território majoritariamente pantanoso, nas áreas de florestas, o que levou a engenhosas construções de cidades elevadas (acrópoles) e de um complexo sistema de canais de irrigação. O intenso fluxo promovido pela religião e pelo comércio auxiliaram o florescer de períodos marcantes, como o de Miraflores, cujas artes e construções líticas se destacam. Analisamos a questão dos sacrifícios humanos e sua função ritualística, bem como da importância da religiosidade como construtora de sentidos e das distorções a respeito da cultura maia na contemporaneidade.

Já com relação a expensão marítima ibérica, iniciamos nossa análise contextualizando o processo da Reconquista, na qual os reinos de Portugal e Espanha se reestruturam como exemplos pioneiros de organização estatal de caráter moderno. A partir de então era preciso também fortalecer a premissa fundamental do mercantilismo, a acumulação de metais como estratégia de fortalecimento político e econômico. E isso se daria de duas maneiras, a manutenção de uma balança comercial favorável e a afluência direta de metais. Ambos ganhavam melhores contornos quando se possuía rotas e pontos de comércio exclusivos e territórios conquistados dos quais se pode retirar matérias-primas e metais, além de estabelecer laços de exclusividade assimétrica no comércio. E esse era justamente o papel desempenhado pelas colônias.

Desse modo, os ibéricos são impelidos ao mar, em busca dessa consolidação. No caso português temos a continuidade do investimento já realizado na costa africana, culminando com sua transposição ao sul e a fixação de uma rota comercial que garantia bons pontos não apenas neste continente, mas também no oriente e na Ásia. Já a Espanha vai creditar, num investimento de relativa credibilidade, sua tentativa nas mãos de Cristóvão Colombo. Colombo desejava alcançar o oriente, mais especificamente o grande kanato chinês, ao qual acreditava transcender os escritos de Marco Polo e submeter a autoridade espanhola e aos dogmas cristãos, o povo e o governante daquele local. E de quebra, não faltaria o ouro que de modo lendário cobria as ruas e telhados do eldorado oriental, suficiente até para os planos de Colombo de financiar a retomada de Jerusalém.

Entretanto, a ideia era correta hipoteticamente, mostrando a sua realidade concreta quando se percebe que, na verdade, aquele mundo ainda pouco civilizado, não passava de uma nova terra. Colombo e a coroa espanhola começará a estabelecer suas governadorias nas Antilhas. É necessário esclarecer a natureza do expansionismo. A primeira caracterização é a de que se trata de um empreendimento misto, onde se fundem a autoridade e lastro da Coroa, investimentos particulares e a fé cristã. Desse modo, com a descoberta da porção continental, inicia-se a fase dos conquistadores, com os Adelantados, estabelecendo a autoridade espanhola sobre os povos submetidos e, obviamente, recebendo em troca as benesses soba forma de terras ou permissões para comércio. Os casos mais marcantes são o do declínio asteca nas mãos de Cortez e o do império incaico sob o jugo de Pizarro.

A partir daí, progressivamente e em função das descobertas das jazidas de ouro, prata e pedras preciosas, o governo espanhol vai substituindo os adelantados por uma complexa rede burocrática, concentrando sua autoridade na Metrópole e criando estruturas de poder coloniais que a coloquem sob esse controle. Assim, até mesmo os índios serão reorganizados nos pueblos e sua realidade drasticamente alterada pela lógica mercantil.

Por fim, comentamos a respeito dos mecanismos da conquista colonial, propostos por R. Romano. Com relação a cruz, podemos caracterizar pela aculturação dos povos nativos, desmontando seu sistema de crenças e, por conseguinte, suas formas de compreender e agir sobre o mundo, em função do paradigma cristão de fé e comportamento. a destruição dos referentes foi uma estratégia fundamental pois dilui a resistência pelo desmonte de um mundo que outrora havia sentido e práticas próprias de conservação. Além disso, também é importante salientarmos o quanto os sincretismos podem ser entendidos como estratégias de resistência, de sobrevivência, influenciando sobremaneira a constituição social do mundo colonial em construção. A fome foi derivada diretamente da desarticulação do sistema produtivo indígena.

Ainda que os espanhóis conservassem estrategicamente as modalidades de recrutamento, como a mita e a encomienda, a racionalidade da empresa extrativista enseja a desorganização do tempo e do espaço produtivo, bem como da circulação de bens nos mercados e pela distribuição outrora feita pelo estado indígena. Nos pueblos, a tendência ao desabastecimento é completada pelo endividamento crônico das tiendas de raya, cujos proprietários exploravam sobremaneira a miserabilidade crescente. Por fim, temos a espada, caracterizada pelo uso assimétrico da força. Esse elemento se materializa tanto pela superioridade em tecnologia quanto pela violência superlativa, que garantia a submissão pelo medo. Nesse aspecto, é também comum o uso de outras tribos rivais nos processos de conquista, submetendo sob controle uma quantidade considerável de braços.

Claro que a diferença de contingentes não se compensava apenas nas questões tecnológicas pura e simplesmente. Havia a questão das rivalidades entre as tribos, o que facilitava o estabelecimento de alianças e, por conseguinte, do domínio. Um exemplo claro desse processo diz respeito a Mita. Instituída pelos povos incas como uma prestação de serviço compulsória ao soberano, essa alternativa de arregimentação de mão-de-obra foi adaptada e amplamente utilizada pelos espanhóis, que apenas fizeram a troca da figura do novo senhor. Desse modo, as minas do Potosi rechearam-se de índios dentro de uma nova lógica, a da extração de quanto ouro e prata fosse possível. A dominação estendeu-se propriamente às culturas intermediárias e a grandes civilizações como os astecas e incas. No caso maia, suas cidades já se encontravam desarticuladas, funcionando autonomamente, ora sob a
influência asteca, ora como resquício do que fora um dia o grande império maia. Cabe aqui um adendo.As cidades maias possuíam uma arquitetura complexa. Não raro eram desenhadas a partir de acrópoles (partes artificialmente construídas de modo mais alto) onde ficavam os palácios e tempos e de onde saiam as estradas pavimentadas e as estruturas de escoamento e captação de águas, possibilitando ao longo desse trajeto, o estabelecimento dos núcleos populacionais.

A sociedade colonial era marcadamente estratificada. O controle da administração, bem como a posse dos maiores cargos e dignidades ficavam para os reinóis, chamados "chapetones". Os "espanhóis da América", chamados criollos, formaram ao longo do tempo uma camada poderosa e cada vez mais capilarizada a partir de relações clientelistas com a população. Com o tempo, foram estabelecendo seus domínios nas áreas do comércio e da exploração agrária, sendo uma camada mais permeável aos valores iluministas, tendo em vista que os mesmos advogavam contra os privilégios e restrições que afetavam diretamente seus negócios e suas perspectivas, em favor das elites metropolitanas, na Espanha e nas Américas. É claro que esse quadro gerou grande fricção entre essas duas principais camadas da pirâmide social colonial, com o domínio dos altos postos pelos chapetones e dos cabildos, pelos criollos. O ponto máximo de rompimento se dá em função de acontecimentos exógenos que contribuíram decisivamente para o processo de independência das colônias espanholas nas Américas. Ela se deu no tempo em que o bonapartismo estava em franca expansão, conquistando o trono espanhol e abrindo mais uma linha de frente contra a Inglaterra. Após o decreto do Bloqueio Continental, a situação se torna mais acirrada, com a marinha de guerra inglesa impossibilitando o contato entre Espanha e seus territórios. A consequência foi o enfraquecimento de laços e o empoderamento dos movimentos de libertação, encabeçados pelas elites
criollas.

Mesmo após a restauração de Fernando ao trono e do combate ostensivo aos focos revolucionários, não havia mais como retroagir ao domínio de outrora. Destacam-se nesse processo os "libertadores da América", dentre os quais figura como baluarte Simon Bolivar. Bolivar acreditava na possibilidade de se estabelecer um estado articulado, forte, coeso, sob a bandeira do pan-americanismo. Do mesmo modo, essas novas nações deveria surgir livres e capazes de autodeterminar-se tanto politica quanto economicamente. Acreditava na democracia, na separação entre os poderes temporal e religioso e na necessidade de se constituir espaços de convergência, como congressos e conferências. Assim, temos um exemplo do como as ideias iluministas e os ideais burgueses penetraram nas elites locais nos séculos XVIII e XIX nas Américas.
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História Contemporânea I - Resumo Especial para AV2






O mundo entre 1760 e 1789 se configura num cenário em transformação. Dois são seus grandes fenômenos cujas repercussões se configurariam como elementos de uma longa duração histórica. No primeiro, o desencadear da Revolução Industrial e, no segundo, a revolução burguesa na França. É preciso lembrar as características da Europa nesse período. Enquanto a Inglaterra reunia as condições necessárias para o salto industrial (estabilidade política, prevalência da burguesia e da nobreza laboriosa, o protestantismo calvinista como justificador ideológico, o cercamento de terras, a consolidada estrutura comercial, a integração territorial com ferrovias, a abundância de matérias primas, um mercado consumidor interno e externo consolidados, a inventividade, a abundância de mão-de-obra disponível e os investimentos provenientes do processo de acumulação primitiva do capital) a França e a quase totalidade do continente europeu eram mundo ainda rurais, cujos laços feudais ainda se faziam sentir com maior ou menor intensidade no cotidiano e nas estruturas de poder/propriedade.

De fato, a Revolução industrial trouxe a luz uma série de fatos até então inéditos. Como conseqüência do seu processo e de suas fases, temos o estabelecimento de novas relações de produção e de trabalho. O homem não estaria mais preso aos laços que determinavam sua permanência à terra ou mesmo sob as ordens e ao juramento a um senhor. Teria liberdade de dispor de suas forças. Entretanto, via-se reduzido a buscar o atendimento às suas necessidades mediante o trabalho, só que não mais como proprietário de meios e do tempo, mas como vendedor de sua força.

Desse modo, observamos um fenômeno interessante. O trabalho passa a ter um valor que de longe sobrepuja as antigas concepções da produção ocasional ou do trabalhador que apenas trocava serviços ou poucos produtos por uma casa e teto. Agora falamos de um operário cuja produção vai além do necessário para sua manutenção, ainda que por ela receba uma parte para seu atendimento.

Obviamente que uma mudança dessa envergadura trouxe impactos significativos. Para um universo cuja produção artesanal visava a manutenção simples da vida, a ausência dos meios e a implantação de um novo regime de trabalho/produção, ocasiona o desmoronamento das poucas coisas que davam ao mundo do trabalhador reprodutividade estabilidade. As condições de vida se deterioram rapidamente e em análises acuradas como as de Engels podemos perceber o quanto esse novo proletariado sofria com as longas jornadas, os salários baixos e as moradias precárias. A sobrevivência era uma zona limítrofe para muitos. Desse modo, a expansão da indústria vai se dando conforme as convulsões sociais no continente europeu assim o permitia, cuja guerra permanente que atravessará o final do século XVIII até os dias atuais será o da busca por mercados consumidores.

As transformações continuam sua marcha e é importante identificarmos que o mundo, gradativamente, vai conhecendo novas fontes de energia, novas máquinas e uma miríade de produtos destinados ao consumo. Novos tempos cuja tecnologia se faz uma realidade irrefreável. Entretanto, não podemos dizer que esse processo fora isento de conflitos e contradições. Ao contrário, as condições desiguais a que estavam submetidos os trabalhadores ensejaram uma gama de movimentos de contestação e de organização da classe trabalhadora, além de um conjunto igualmente diverso de concepções teóricas que formaria um espectro amplo que ia desde uma organização comunal, federalista e internacionalista de trabalhadores à supressão negociada dos problemas pontuais que mais afligiam os trabalhadores, de modo harmônico com seus empregadores.

Nem todas as inovações pertenceram propriamente ao apogeu da Revolução Industrial e sim a sua primeira fase. Temos por exemplo o desenvolvimento das estradas de ferro com o advento da locomotiva a vapor, a tecnologia do aço e a expansão da comunicação por meio do telégrafo, todas as criações anteriores a 1860. Entretanto, 

Alguns processos estão intimamente interligados no século XIX, pois fazem parte de contextos mais amplos. Assim podemos qualificar toda a onda de levantes iniciados a partir das ações de Paris em 1848, onde as camadas populares se insurgem frente ao cenário de crise extrema e ineficiência dos governos absolutos. O resultado desse processo é, por um lado, o fortalecimento da posição burguesa, seus referentes e o progressivo desmanche dos resquícios econômicos e políticos do Antigo Regime. Isso não pode ser explicado ainda como uma luta de classes. Mesmo indícios como o lançamento do Manifesto do Partido Comunista, por Marx no mesmo período, não significa que estejamos diante de um movimento organizado da massa proletária. Era uma revolta generalizada entre as camadas desfavorecidas e as ricas. Mas sem ainda a consciência de classe em si/para si. Nesse bojo de transformações note-se, contudo, o medo de que essas revoltas se direcionassem para um efetivo processo revolucionário. 

Isso não impediu a crítica ao sistema econômico e político que aos poucos se consolidava. Prova disso são os movimentos cartista e ludista e o conjunto de críticas e proposições dos chamados "socialistas utópicos", que não apenas criticavam a exploração excessiva e as condições de miserabilidade da população, como também pensavam que esses problemas poderiam ser resolvidos mediante a pactuação, nesse sistema, entre empregados e empregadores, estabelecendo-se um equilíbrio advindo de uma ética relacional maior e comum a todos. Diferente visão terão os marxistas e anarquistas (mutualistas), que acreditam que o que se impõe é a luta entre classes a ser superada por um processo revolucionário.

Outros eventos lembrados nesse contexto são as Unificações Alemã e Italiana. Ambas modificam não apenas o cenário geopolítico mas também o econômico e é importante salientar o papel que o novo sistema tributário desempenhou, tanto para o desenvolvimento, quanto para os fluxos migratórios de dissidentes do regime. Como resultado dessas ações, temos a célebre Guerra Franco Prussiana, na qual abriga a Comuna de Paris como elemento de resistência tanto ao governo provisório francês quanto ao invasor prussiano. Os comunardos de Paris foram duramente combatidos e massacrados, onde notamos a posterior reforma do Barão de Haussmann, responsável pela reorganização da cidade nos moldes higienistas e estabelecendo um corte social em sua ocupação, livrando-se das ruelas, cortiços e das camadas mais populares.

No contexto da expansão imperialista no século XIX temos alguns casos exemplares que ilustram bem o processo de dominação. Assim, observamos ações que vão desde a dominação direta por meio do controle político em países da Ásia, como a Índia e a China, a dominação territorial como a realizada no continente africano. Um bom reflexo desse segundo aspecto pode ser encontrado nos "Boeres" cuja nomenclatura é atribuídas ingleses, colonizadores que buscavam metais preciosos, mas que em verdade denominavam originalmente os holandeses qe ocupavam a região do Traansvaal e Orange, derrotados pelos ingleses que desejavam expandir seu domínio e exploração na região. Essa ação imperialista deixou como legado não apenas o atraso estrutural, mas profundos problemas étnicos, tanto os referentes aos conflitos internos quanto ao regime racista que se estabeleceria nos século seguinte.
sábado, 3 de dezembro de 2016 0 comentários

Renovação Antecipada 2017/1 - Sugestão de Grade Curricular








Eletivas Online Sugeridas (Grupo G1): História da Cultura e da Sociedade no Mundo Contemporâneo / Estética e História da Arte Contemporânea / Literaturas Africanas de Língua Portuguesa / Educação e Economia Política / História Econômica Geral / Sustentabilidade / Fundamentos da Educação de Jovens e Adultos e Educação Popular.

Caros Alunos,

Para facilitar o processo de renovação antecipada, vou publicar aqui e no blog a previsão de disciplinas e horários, com sugestão de quadro para cada período. Portanto, alguns esclarecimentos importantes, que devem ser lidos com atenção:

1) Se uma ou mais disciplinas que faltam para o aluno concluinte estiverem coincidindo horário, o aluno deverá cursá-las no semestre seguinte. Não faremos mudanças gerais para atender a casos específicos.

2) Reprovação ou deixar de cursar a disciplina quando oferecida é de responsabilidade do aluno. Portanto, caso haja conflito mais adiante de horários, o aluno deverá compreender a situação. 

3) Estudo Dirigido só pode ser autorizado a aluno concluinte quando a disciplina não estiver sendo oferecida no campus. Em caso de conflito de horário essa modalidade não poderá ser solicitada.

4) Em caso de conflito de horário aluno não poderá cursar a disciplina em questão na modalidade EAD.

5) O quadro de horários é uma previsão, portanto, está sujeito a ajustes.

6) A oferta das disciplinas depende das inscrições, portanto a renovação antecipada é fundamental.

Sobre as Disciplinas Eletivas:

Do 4o ao 6o período:
Os alunos deverão cursar três disciplinas eletivas online (Grupo G1). Enviaremos a listagem das disciplinas eletivas disponíveis.

Além dessas:

Os alunos dos currículos 410/212/213/115 (ou seja, os que entraram no curso entre 2010 a 2015) deverão cursar duas disciplinas eletivas regionais presenciais: História do Rio de Janeiro I e II.
Os alunos do currículo 116 (os que entraram em 2016) deverão cursar apenas uma: História do Rio de Janeiro.



 
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